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CRISTINÓPOLIS MT

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12
Fev18

3ª Narrativa

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O progresso

Os negócios em Cristinópolis floresceram muito cedo com a chegada dos mais diversos tipos de comerciantes que se instalavam nos seus pontos na Avenida Tavares e na rua das paineiras e ficavam ricos de um ano para o outro, essas duas avenidas faziam o eixo comercial de Cristinópolis. A parte de cima da vila foi usada mais como bairro residencial e la também foi construído o grupo escolar e o campo de futebol foi mudado para lá. Também aqui nesta narrativa vamos recordar mais quatro famílias pioneiras, a saber: a família Francisco Amâncio a família do Tomaz, a família da Dona Augusta e a família da Dona Candinha. Faz também homenagem aos eventos matrimoniais que também representa a coragem e determinação na vida das pessoas, quando no casamento da Maroca o João Serafim falou com o padre e o casamento foi realizado em Cáceres. Roupas, medicamentos, material escolar, material de construção e toda sorte de armarinhos e secos & molhados que vinham do estado de São Paulo através dos marreteiros. Lá o povo tinha o hábito de comer sardinhas e manjubinhas que vinham nas caixas de madeira de 10 quilos. Lojas famosas como A REGIONAL do Adelino que vendia tecidos e confecções. A boa peça de tergal se comprava la nessa loja além das camisas volta ao mundo. A farmácia do Joaquim Oveiro estava instalada na Avenida Tavares e alguns anos depois ela foi mudada para a avenida das paineiras. O Otávio era o atendente, era só chegar com a receita que ele aviava os medicamentos com precisão e segurança. A farmácia também continha aquelas vitaminas em grânulos que eram verdadeiras panacéias. O Albino foi o primeiro a montar uma loja de roupas em Cristinópolis. No bazar boa sorte não faltava novidades. Os açougues, as padarias, sorveterias e bares estavam sempre entupidos de clientela que se acotovelava na Avenida Tavares e seu contorno. Cada qual querendo ser atendido tão logo fosse sua vez. Tinha até serviço de alto-falante para anunciar as novidades: “Gente educada não paga, mas também não leva!” E tinha a radio nacional de Cristinópolis que funcionava em caráter experimental. O Jerônimo Machado fazia doces para vender no comercio. O Joel tinha sua própria marcenaria. Outros traziam coisas do sítio para passar nos cobres. As sorveterias tinham motores geradores de energia já que neste quesito a cidade ainda não havia sido contemplada. Era um imenso prazer saborear um suco geladinho na sorveteria do Angelim. O Raimundo vendia tanto que ele até chegava ficar sem palitos para fazer picolé. O capixaba também não vencia atender a freguesia. As padarias abasteciam o comercio de Cristinópolis e São Jorge e até mesmo Nova Lucélia. O João Lambreta trabalhava dia e noite com seu pai e seu irmão para não deixar faltar pão aos fregueses. Em época de colheita de arroz o movimento na cidade era dia e noite. Caminhões vinham de todas as regiões carregados de arroz dos sítios. As máquinas trabalhavam sem parar beneficiando arroz, os compradores levavam o arroz limpo para são Paulo. O Angelim tinha dois caminhões e uma máquina de arroz, o Pedrão tinha dois caminhões e um armazem de secos e molhados, as máquinas do Nelsinho, dos Magosso, do Marinho e a do Alfredo limpavam arroz por partida. Todos os dias saíam dezenas de caminhões de arroz para são Paulo. O Álvaro e o Tonhão eram uma verdadeira potência, tinham caminhões e máquina e muita gente a seu serviço. As máquinas do Scutt, a do Nelsão Bacana e a do Nelsinho eram as que trocavam arroz para os moradores da roça. Os caminhões do Praxedes, do Valtrudes, do Mané Bispo, do Nozinho e do Chico Mota faziam frete. O símbolo do poder era os caminhões Mercedes Benz modelos: 1111 e 1113.

MB 1111.jpg

MB 1111.jpg Essa imagem é apenas ilustrativa

O povo da cidade já comprava o arroz beneficiado. O Pelego, o Fuminho, o Pau-de-arara e muitos outros ganhavam a vida no serviço de chapa. Na década de 1970 foi construída a hidrelétrica de Cristinópolis, que gerava os kWs necessários para o progresso da cidade, o Arlindo era técnico que dava manutenção na rede. Os fazendeiros também já possuíam caminhões e trilhadeiras. Já mecanizavam as terras com tratores. Se as lavouras necessitavam de força animal o Edgar tropeiro esteve lá vendendo centenas de cavalos e burros. Os maiores armazéns eram o do Isaías Loura de Amorim, o do Barreto, o do Pedrão e o do Braz. Também tinha lá a venda do Gumercindo que era um ponto de referencia para quem vinha da roça a passar algumas horas na vila. O Gumercindo, o João Lima e o Raulino cresceram lá. Não esquecendo que o bar esporte era um dos locais onde os profissionais do futebol se reuniam para as conversas de bastidores e as comemorações. O Marão, o Goda e o Coríntio eram dirigentes do futebol de Cristinópolis. O bar do Narciso foi o primeiro a oferecer mesas de bilhares para o lazer da população. O Jorge também se consolidou como potente açougueiro construiu prédio azulejado para o açougue, comprou chácara e tinha muito gado. O hotel do Zueira estava sempre cheio de hóspedes. A empresa São Cristovam fazia a linha Cristinópolis-Cáceres. Se alguém precisasse de um transporte alternativo tinha o fusca do Ditão, a perua rural do Manoel boa sorte e as Kombi do Gumercindo e a do Djórgenes que serviam como carros de praça. O Adelino da bicicletaria consertava bicicletas e vendia peças. As cidades vizinhas vinham vender no comercio de Cristinópolis. Parques de diversões e circos também não faltavam lá. Até o homem da cobra visitava Cristinópolis para vender seus remédios. O Taru também vendia lá seus remédios de alta qualidade.

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